No mítico Pavilhão do Regibó, perante algumas dezenas de espectadores (entre os quais César e Martinho, antigas glórias do clube local), defrontaram-se para a Taça de Portugal duas equipas da mesma divisão e da mesma série mas com diferentes estados de espírito: o Cernache não perdia há três jogos e vinha de um encorajador empate no terreno de um dos líderes do campeonato, enquanto que a Oliveirense ainda não tinha vencido qualquer jogo oficial neste início de temporada. Duas equipas que já se tinham encontrado para o campeonato, há duas semanas atrás, em Oliveira de Azeméis, num jogo emocionante que terminou empatado com cinco golos para cada lado.
Posto isto, o Cernache detinha, à partida, uma incerta dose de favoritismo, até pela condição de visitado. Favoritismo que começou a ser confirmado dentro do campo logo nos minutos iniciais, com Tomé (excelente exibição, cada vez mais confiante) a inaugurar o marcador após uma excelente combinação colectiva pela ala esquerda. A vantagem mínima manteve-se durante praticamente toda a primeira parte, até ao momento em que a equipa visitante logrou o empate, reanimando o jogo nos derradeiros minutos anteriores ao intervalo. Leonel, um elemento fundamental na estrutura do Cernache, bisou, com "classe", ao que a Oliveirense respondeu com mais um golo, nos segundos finais, na conversão de um livre de dez metros.
A vencer por apenas um golo de diferença, o Cernache iniciou a segunda parte de forma cautelosa, procurando controlar o jogo, circulando bem a bola e atacando pela certa. Uma estratégia que dava frutos, pois a Oliveirense não conseguia criar lances de perigo e parecia totalmente impotente e ineficaz perante a solidez táctica do adversário. Adivinhava-se, aliás, mais um golo para os locais. Leonel, após uma boa iniciativa individual, acertou em cheio no poste direito da baliza defendida por Sérgio. E outras ocasiões se seguiram, não concretizadas, mantendo-se a vantagem mínima no marcador.
Nos minutos finais, em fase de desespero, a Oliveirense resolveu arriscar com a colocação do "quinto homem", sem sucesso. Foi então que o Cernache materializou, enfim, a inquestionável superioridade do seu jogo colectivo: Tomé, assistido por Leonel, marcou facilmente o quarto; André, após uma impressionante cavalgada pela ala direita, fez o quinto. Parecia estar tudo resolvido, mas os visitantes ainda reduziram a desvantagem, aproveitando uma das raras desatenções defensivas de um Cernache que já festejava a passagem à segunda eliminatória da Taça de Portugal. É mesmo o único clube do distrito de Coimbra que prossegue na competição. Ainda restam dúvidas sobre a qualidade desta equipa?
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No mítico Pavilhão do Regibó, perante algumas dezenas de espectadores (entre os quais César e Martinho, antigas glórias do clube local), defrontaram-se para a Taça de Portugal duas equipas da mesma divisão e da mesma série mas com diferentes estados de espírito: o Cernache não perdia há três jogos e vinha de um encorajador empate no terreno de um dos líderes do campeonato, enquanto que a Oliveirense ainda não tinha vencido qualquer jogo oficial neste início de temporada. Duas equipas que já se tinham encontrado para o campeonato, há duas semanas atrás, em Oliveira de Azeméis, num jogo emocionante que terminou empatado com cinco golos para cada lado.
Posto isto, o Cernache detinha, à partida, uma incerta dose de favoritismo, até pela condição de visitado. Favoritismo que começou a ser confirmado dentro do campo logo nos minutos iniciais, com Tomé (excelente exibição, cada vez mais confiante) a inaugurar o marcador após uma excelente combinação colectiva pela ala esquerda. A vantagem mínima manteve-se durante praticamente toda a primeira parte, até ao momento em que a equipa visitante logrou o empate, reanimando o jogo nos derradeiros minutos anteriores ao intervalo. Leonel, um elemento fundamental na estrutura do Cernache, bisou, com "classe", ao que a Oliveirense respondeu com mais um golo, nos segundos finais, na conversão de um livre de dez metros.
A vencer por apenas um golo de diferença, o Cernache iniciou a segunda parte de forma cautelosa, procurando controlar o jogo, circulando bem a bola e atacando pela certa. Uma estratégia que dava frutos, pois a Oliveirense não conseguia criar lances de perigo e parecia totalmente impotente e ineficaz perante a solidez táctica do adversário. Adivinhava-se, aliás, mais um golo para os locais. Leonel, após uma boa iniciativa individual, acertou em cheio no poste direito da baliza defendida por Sérgio. E outras ocasiões se seguiram, não concretizadas, mantendo-se a vantagem mínima no marcador.
Nos minutos finais, em fase de desespero, a Oliveirense resolveu arriscar com a colocação do "quinto homem", sem sucesso. Foi então que o Cernache materializou, enfim, a inquestionável superioridade do seu jogo colectivo: Tomé, assistido por Leonel, marcou facilmente o quarto; André, após uma impressionante cavalgada pela ala direita, fez o quinto. Parecia estar tudo resolvido, mas os visitantes ainda reduziram a desvantagem, aproveitando uma das raras desatenções defensivas de um Cernache que já festejava a passagem à segunda eliminatória da Taça de Portugal. É mesmo o único clube do distrito de Coimbra que prossegue na competição. Ainda restam dúvidas sobre a qualidade desta equipa?
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