Entrevista a Pichel

quinta-feira, janeiro 11, 2007

1- Queres explicar a tua saída da AAC?

A minha saída da AAC foi muito complicada, mas deveu-se essencialmente a desavenças com o treinador Francisco Batista. Aquilo que me foi feito por ele e a falta de sinceridade que teve para comigo foram consequências do meu afastamento. Nao tive problemas com os jogadores. Cometi um erro, mas não me foi permitido poder explicar o mesmo ao plantel. Fui suspenso por esse senhor sem que a própria direcção soubesse. Alias a mesma direcção só me contactou 3 dias após a minha suspensão. No entanto, entristece-me a forma como fui mandado embora,tanto pelos anos que dei aquela casa, como pelo esforço, dedicação e empenho que tive por aquela instituição durante 7 anos. Quanto á direcção da AAC só tenho pena que nao tenham sido leais para comigo como fui para com eles, pois a palavras de incentivo e de futuro não passaram de isso mesmo e as promessas que me foram feitas nao passaram disso também.

2- Como foi marcar ao Benfica no célebre 12-1? Foi fácil?

Era um ano muito complicado para a AAC pois as portas da secção estiveram para fechar, no entanto na altura, vieram muitos jovens para o plantel sénior. É um resultado de pré-época que na altura nos custou muito mas tendo sempre consciência das diferenças. Mas o objectivo era dar experiência aos mais novos e rotina para equipa perante um adversário poderoso. Marcar? Foi um golo do colectivo que somente tive a felicidade de concluir.

3- Como te sentes no São João? Como descreves o balneário do São João? Quais são as expectativas para o resto da temporada?

Devo dizer que fui muito bem recebido, desde do primeiro dia, por todas as pessoas ligadas ao São João. O São João é mais do que um clube, é uma familia. Sinto-me muito bem lá. O balneário é fantastico. Dos mais espectaculares que alguma vez tive, pois lá nao ha ressentimentos nem qualquer conflito entre as pessoas. E se há algum problema é logo resolvido na altura em local próprio. Quanto as expectativas para o resto da temporada, elas são muito grandes. Isto se a FPF não continuar a tentar prejudicar o São João.

4- Como é trabalhar com Arlindo Matos?

Trabalhar com ele é muito fácil. É dos melhores treinadores que alguma vez tive. Pois , para além de haver a relação treinador-jogador, ele preocupa-se com o lado humano de cada um. Não tenho dúvidas de afirmar que neste momento o Arlindo Matos é talvez um dos melhores e até talvez o melhor treinador da regiao centro. O tempo o dirá.

5- O que achaste da provocação do Sousa ao João Manuel no jogo da 1ª volta?

São coisas do futsal. Acho que nao tiveste intenção de prejudicar nem de magoar o João, pois quanto sei vocês até sao amigos, mas tentaste enervá-lo para ele se sentir pertubado para o resto do jogo.

6-Como começaste a começar a jogar futsal? Quando deixares de jogar queres ser treinador?

Comecei a jogar futsal nesses torneios de verão. Um dia fui jogar no torneio da AAC e o Adil Amarante (actual treinador do benfica e grande amigo) per guntou-me se estava disponível para ingressar na AAC. Como toda minha formaçao tinha sido com base no futebol 11, fui a experiência no inicio da época e por lá fiquei 7 anos. Quando saí da AAC foi-me prometido pela direcção na altura um cargo de treinador e uma homenagem, porque, como era um homem da casa e que queria acabar de jogar futsal, eles prometeram dar-me uma equipa das camadas jovens da AAC para orientar esta época. Das coisas prometidas, nem uma nem outra. Daí ter aceite, após essas promessas não cumpridas, de voltar a jogar devido ao convite do Arlindo e do São João. Claro que um dia gostaria de treinar uma equipa mas quero começar com miúdos pois cativa-me bastante e adoro crianças.

7- Achas que se deve começar a jogar futsal desde pequeno ou é enriquecedor começar por outras modalidades, e quais?

Sou da opinião de que qualquer modalidade se deve começar desde pequeno. Isto porque, cada modalidade têm as suas características. No futsal por exemplo, há os aspectos técnico-tácticos, os modelos de jogo, as movimentações, os aspectos defensivos e ofensivos, etc.. Cada modalidade tem os seus pormenores e truques. Daí pensar que começando cedo, o atleta ganha rotinas e mecanismos para o futuro, que lhe serão muito uteís.

8- Que achas do actual momento da AAC? Se te convidassem agora irias para treinador da AAC?

Acho que o actual momento da AAC é um momento que já esta a transitarpara a normalidade. Para quem conhece aqueles jogadores, é muito estranho ver no lugar onde estão, pois a qualidade abunda naquela equipa e não dá para entender como se encontram nesta posição. Com este treinador penso que as coisas vão melhorar e muito, pois pelo que sei, é um excelente homem e treinador. Como sócio e simpatizante da AAC espero que possam recuperar rapidamente.

Não queria despedir-me, sem antes, agradecer-te por esta oportunidade que me deste para a entrevista. Desejo toda a sorte do mundo para ti e para o Cernache e que consigam os vossos objectivos. Mas nao queria deixar de dar uma palavra de incentivo, ao meu grande amigo Cesar, para uma recuperação rápida e que tudo de bom lhe sorria pela frente na sua vida pessoal.

Abraço a todos os futsalistas e um óptimo ano novo cheio de sucesso tanto no aspecto desportivo como pessoal.

Pichel

Obrigado Pichel pela tua disponibilidade, que tudo te corra bem na tua vida.
Abraço amigo.

3 comments:

Anónimo disse...

gostei da tua forma de ser nesta entrevista, nunca se sabe quando e que nao poças ser treinador das camadas jovens do clube onde esta.
um grande abraço e continua a ser aquilo que es, nao te esqueças de ajudar a tua equipa pelo menos na manutençao.

um grande abraço

Anónimo disse...

gostei da tua forma de ser nesta entrevista, nunca se sabe quando e que nao poças ser treinador das camadas jovens do clube onde esta.
um grande abraço e continua a ser aquilo que es, nao te esqueças de ajudar a tua equipa pelo menos na manutençao.

um grande abraço

Anónimo disse...

parabens pichel. grande bofetada para essea arrogantes da academica. grande entrevista. tudo de bom para ti